Com as últimas directas do PSD há uma nova era política no país. Parece um exagero, sei... A vitória conseguida oferece de bandeja uma escolha óbvia que resulta logo numa força que há muito não se via no PSD: capacidade de escolha - PPC traz ao PSD espaço de manobra, traz esperança de mudança, novas ideias, centradas no país e não no apodrecimento de Sócrates; coisa que MFL ou Rangel nunca conseguiriam sem um esforço impossível (para eles) de enjoativo engulimento de sapos, a incompetência tornou-se numa bagagem incomportável, infelizmente não conseguiram ver isso no espelho.
Esta nova capacidade de mudança é uma força que toca directamente naquela que é (agora) a maior fraqueza de Sócrates. Nesta fase o PSD pode controlar a agenda política, com ideias, com esperança e com sonho.
Sócrates tinha uma maior capacidade de regeneração que o PSD passado, é possível, em teoria, que tenha maior que PPC mas não agora. Sócrates já tentou, agora anda a remediar. Até ao fim a pergunta que irá pairar sobre Sócrates é: "Porque é que não fez isto antes?" A teimosia e a centralização controleira encarregar-se-ão do resto. É claro que há caminhos para Sócrates mas não vejo que consiga agora aquilo que prometeu no início, nem vejo Sócrates a fazer partilhas a meio da reforma.