domingo, 17 de janeiro de 2010

Manuel Alegre redux

Candidata-se outra vez. Depois de 4 anos, haverá mais eleitores interessados em Manuel Alegre?

Destaco 3 forças de mudança. A minoria de Sócrates. A apreciação ao mandato de Cavaco. E a apreciação ao mandato de Alegre.

Parece-me razoável dizer que Cavaco não perdeu nem solidificou o seu eleitorado.

Como há 4 anos, Sócrates apenas pode escolher quem ajuda a ganhar mas não tem capacidade para lançar um candidato ganhador. Um presidente cooperante seria uma forma de ganhar espaço de manobra para o governo mas retira a possibilidade de vitimização e de co-responsabilização da oposição parlamentar.

A dúvida fica à esquerda: quem vai ficar em casa desta vez? A postura de Manuel Alegre no último congresso do PS terá um papel central na mobilização dos eleitores PS. Parece-me que, quer uma alternativa de congresso, quer um novo partido nas legislativas teriam trazido mais capacidade política aos eleitores típicos PS (quer aos de Alegre, quer aos de Sócrates). MA escolheu esperar - por incapacidade ou por estratégia. Se foi por estratégia conseguiu um objectivo - MA é efectivamente a única bengala disponível ao PS para disputar as presidenciais; mas ficam dúvidas sobre as prioridades de MA. Se foi por incapacidade isso põe em causa a sua capacidade de exercer uma magistratura de influência no estilo tradicionalmente pedido pelos portugueses. Resulta disto que me parecem mais divididos os votantes de Alegre; os de Sócrates já nem precisam de um Soares.

Boas noticias para Cavaco. Lamentável. Medíocre classe política, nem faz, nem ajuda a crescer quem faça, nem deixa que os portugueses aprendam a fazer.

Mas ainda falta algum tempo. Pergunto-me se Sócrates resistirá a uma gracinha. Como um quaisquer politico sem o típico currículo de presidenciavel; que se limitasse a desgastar Alegre e Cavaco e que se pusesse a jeito para uma quaisquer grande escorregadela. Deixo dois exemplos, apenas para sublinhar: Pedro da Silva Pereira ou Maria de Lurdes Rodrigues.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Pregar ao fundo do barril

Foi dado o primeiro passo para a possibilidade de casamento entre homossexuais. Em termos faciais, o assunto pouco me interessa. Não meço a minha liberdade pelo tamanho da liberdade dos outros.
Já em termos políticos, o assunto é maior que o explicitado. Na face mediática do assunto, conto muitas possibilidades de distracções e de minutos e páginas de jornais não dedicados ao desemprego, à situação económica e à corrupção.

Sócrates volta a explorar um assunto que tem algo de positivo mas cuja concretização contraria os partidos à esquerda e à direita.
O PSD volta a cair na esparrela. No dia em que Sócrates aparece a dizer que não propõe a igualdade na adopção porque o assunto não foi mencionado no programa eleitoral ás legislativas - pouco mais de um ano depois de ter feito o PS votar contra o que agora aprovou, com o argumento de que tal não havia sido proposto aos portugueses na eleições legislativas anteriores - neste contexto de comunicação, o PSD vem denunciar uma "agenda escondida" do PS relativamente à adopção.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Bom ano para todos

2010 chega-nos cheio de prendinhas e pequenas polémicas. São as sementes de Setembro.
Votos de um bom ano para todos.