sexta-feira, 28 de maio de 2010

Manuel Alegre, o auto-intitulado merecedor e vitima de perseguição

Não fora Cavaco a alternativa e não deixava de ser engraçado ver Sócrates a devolver a Manuel Alegre o silêncio podre.

À medida que Fernando Nobre mostra que não tem capacidade para alegrar (aka capacidade de vir a pagar) àqueles que lhe podem dar tempo de antena, as presidenciais tornam-se cada vez mais um empecilho para todos os portugueses (políticos incluídos).

A Cavaco resta esperar e saber calar-se para ser reeleito. A Manuel Alegre resta sair ou ser empurrado a sair. A Fernando Nobre resta dizer umas quantas coisas estúpidas mas só para ir a jogo.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

"Dá resposta ao profundo e crescente descontentamento do povo português, e (...) exprime a mais elevada rejeição institucional"

20% dos portugueses eleitores, 1 em cada 5 , vota nestes partidos de esquerda. Um quinto, acha-se representado pelo PCP ou pelo Bloco.

Não consigo compreender esta forma de (não) se relacionarem com os outros portugueses. É verdade que se dispõem a beber umas cervejas, a discutir futebol e até a admitir que sejam seus colegas ou patrões mas politicamente, no que toca a escolhermos (todos) um conjunto de regras e limites que balizem a nossa sociedade - nesse aspecto, não têm quaisquer admissão a fazer.

Vale a pena pensar que alguma vez estes 20% dos portugueses vão levantar-se da trincheira e tolerar as opiniões dos outros portugueses?

sábado, 15 de maio de 2010

ecos

Esquerda antiga: No pasarán.
Esquerda moderna: No pasa nada.

, na máquina especulativa.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Casio F-91W, o relógio terrorista

28 pessoas detidas, acusadas de terrorismo,por possuirem este relógio.

Entre os detidos acusados de terrorismo há 28 que são acusados de terem um relógio Casio F-91W.

O Casio F-91W é um relógio vendido em todo o mundo desde 91, actualmente o preço varia entre 7.5 e 20 $US.

Não acredita?! A mim também me custa.

A Lista, os nomes dos suspeitos, os motivos e as referências às fontes de informação podem ser encontrados na Wikipédia.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O mercado dos medicamentos provoca asma

Há poucos dias foi o Dia Mundial da Asma, 4 de Maio. Pouco se ouviu falar, normal. Portugal, a Grécia, as cinzas e o petróleo parecem bem mais urgentes mas não me apetece falar disso agora.

Entre a meia dúzia de artigos que se podiam encontrar por aí (sobre a asma) todos focavam a necessidade de prevenir a doença, a controlabilidade e o carácter crónico que exige um cuidado para toda a vida. No DD pôde saber-se que "em Portugal a doença atinge cerca de 10 por cento da população, mas a sua incidência tem vindo a aumentar entre os mais jovens e os mais idosos".

Não leva muitos dias ouvi uma peça feita na radio pública dos EUA; uma das partes contava a história de um homem que, depois de muitos anos com problemas sérios de alergias que lhe provocavam ataques de asma, resolveu meter mãos à massa e procurar ele próprio uma solução (++). Depois de uma maratona de pesquisas em artigos científicos pela internet, especulou que a solução estava num animal (conhecido como) parasita que a vida moderna e os seus excessos tem impedido de ser um contaminante generalizado do homem - agora note-se - contactou mil e um laboratórios e produtores de medicamentos e nenhum tinha o bicharoco, nem para estudos - decidiu ir por conta própria a um país subdesenvolvido e deixar-se contaminar.. no fim desse mesmo verão tinha os problemas resolvidos. É claro que isto não é ciência e não se deve generalizar partindo deste nível de conhecimentos. Recorda-me é uma questão.

Este mercado que temos para os medicamentos - que financiamos, que subsidiamos (fortemente!) e que protegemos com elevadas, elaboradas e minuciosas regulamentações, e com as regras de patentes onde se baseia - serve os nossos interesses de promoção generalizada da saúde? Ou serve apenas os interesses dos fornecedores, autorizando uma sifonagem garantida de dinheiro que transforma quaisquer doença num caso crónico?

A mim parece essencial garantir que o financiamento da investigação médica deve estar (mais) ao serviço da saúde em vez da economia. A investigação médica deve premiar as curas em prejuízo dos tratamentos crónicos. Parece óbvio mas não acontece assim.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Antes e depois da sentença

"a lição [para a vida] é que a política, de facto, é para os políticos, não é para os cidadãos."

"saímos daqui, mais uma vez, conscientes que confiamos na justiça."

 

, ambas por Carmona Rodrigues.