Hoje, depois de tudo, ainda é sensato esperar que as leis servem para fazer justiça?
As leis têm um prazo de validade extremamente curto, o que em si mesmo é mau, mas temos pior, as leis e o enquadramento que as justificam podem ser relativizados e distorcidos por forma a obter uma lei que desdiz completamente o enquadramento anterior. Pior Ainda, muitas das leis são feitas à medida para encaixar nos restritos interesses de uma parte muito limitada e definida da sociedade, em prejuízo dessa mesma sociedade. Ainda Pior, a lei pode ser completamente ignorada fazendo aplicar soluções que não eram admitidas pela própria lei.
Em Portugal são os PIN, são a (não) nomeação dos controlos de segredos de estado, é a arbitrariedade com que se espia a vida de pessoas com escutas ilegais, é o banco que é nacionalizado com uma lei aprovada em 4 dias, é o financiamento dos partidos que é alterado dia-sim-dia-não, agora para pagar multas que são depois descontadas como despesas!!!
Lá fora são os raptos internacionais, é a tortura, é a corrosão complacente da independência judicial, são os aprisionamentos temporalmente indefinidos, é a comunização dos prejuízos.
Quantas mais aberrações é responsável tolerar? Será que é altura de colocar os portugueses a escolherem a sua linha na areia, o seu limite do aceitável?
Vivemos tempos assim tão mais iluminados e tão mais novos que os nossos antepassados?
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