quinta-feira, 11 de novembro de 2010

António Martins: a falácia do espantalho

Justiça em Portugal

António Martins, ainda juiz, e presidente da ASJP, tem-nos brindado com uma lista de declarações fantásticas. Fantásticas no sentido cinematográfico da palavra, muitas vezes associado com o estilo horror nos filmes de série B.

Sobre a proposta do governo à Assembleia da República que afecta os salários no sector público pede despudoradamente mais activismo político e incentiva o juízo em causa própria: "é necessário que da parte dos juízes haja a percepção de uma jurisprudência inovadora." Ainda a retaliar os cortes, especialmente por o governo ousar pedir impostos (como aos demais) sobre um subsídio já de si iníquo: "Se o Orçamento for aprovado os juízes verão o seu rendimento global reduzido (...) É a factura de terem incomodado os boys do PS" - lodo para todos!

Há ainda a insinuação de que as noticias acerca do relatório europeu sobre justiça tinham sido cozinhadas pelo governo. António Martins acusa de falsidade factos que nunca foram noticiados. António Martins, que ocupa um cargo de soberania e que julga (decide) sobre a vida de pessoas, cidadãos, e que recebe um salário e mordomias pagos com impostos, constrói um boneco de palha cheio de falsidades inventadas por ele próprio e acusa as notícias da LUSA como sendo portadoras do espantalho. É uma falácia típica dos manipuladores, o povo, sempre clarificador, chama-os de mentirosos.

Como cidadão e pagador de impostos posso confiar nas sentenças deste manipulador? Será que os acusados no tribunal deste "juiz" conseguem evitar manipulações do mesmo género?

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