Em Abril de 1500 Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil no que constituiu um dos maiores feitos dos descobrimentos portugueses. Foi uma das muitas façanhas que definiram um povo. Um período de ouro. Ouro, pimenta, glória, Goa, Macau e até o tratado de Tordesilhas. Mas não foi tudo rosas, também houve vítimas, também houve quem sofresse: os náufragos, os escravos, epidemias e toda uma manifestação de pobres que não sabiam que eram pobres.
Passados 5 séculos, 500 anos, Portugal entra noutra fase de descobrimentos. Sim, também há descobrimentos no fundo do barril. Novas vítimas. Novos quinhentistas. Não estou a falar dos que recebem menos de 500eur, esses não são novidade, não são descoberta. Basta abrir os jornais, ver os noticiários ou ouvir a TSF, até a RR. São as professoras solteiras e lisboetas que foram colocadas no Porto e vão descontar mais 270eur/ano em IRS. É o médico que diz que também tem casas para pagar. São juízes a ser roubados. É até um deputado que quase não tem dinheiro para comer. Sim, porque 5% de 1500eur é muito dinheiro, muito mais que tirar 5% a quem ganha 500. E aos que toca 10%, vão-lhes tirar mais do que alguns têm para viver.
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