segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Right look

Na primeira vez que fui à Inglaterra vim de lá um bocado mais rico. Uma das pequenas preciosidades que trouxe foi a experiência de andar nas estradas inglesas.

As estradas inglesas são das estradas mais seguras do Mundo. Lá, têm uma taxa máxima de alcoolemia de 0,8 g/L (a mais elevada na Europa). É um país com um grande culto da bebedeira e não se encontra um Pub em qualquer esquina. Os radares de velocidade não podem estar escondidos, são fluorescentes, estão sinalizados várias vezes até uma milha antes da sua localização. A policia só pode parar os automobilistas em caso de infracção visível. São das estradas mais seguras do Mundo.

Diferenças visíveis para Portugal: muita, muita sinalização rodoviária de aviso; e radares sinalizados, fluorescentes, colocados imediatamente antes de locais perigosos.

Aqui, escondem-se os radares atrás de arbustos e viadutos, fazem-se fiscalizações ad-hoc, e paga-se a uma ou duas empresas para a videovigilância das autoestradas (provavelmente porque pertencem algum sobrinho de alguém e porque a vigilância tem que ser concessionada e paga todos os meses).

3 comentários:

commonsense disse...

E nunguém pode dizer que os portugueses não são os condutores mais seguros do mundo. Com a ausência total de fiscalização, cumprem as regras só porque acham que sim (ninguém os obriga) e mesmo assim não há uma carnificina.
Não é ironia: com a fiscalização que (não) há, é preciso ser muito civilizado para que só haja as desgraças que há.

Francisco disse...

Não me recordo de ter visto mais polícia nas estradas que em Portugal.
Fiquei com a ideia que sabiam informar melhor, no local, os riscos que os condutores iriam encontrar. Também colocavam o radar imediatamente antes da curva perigosa, ou do cruzamento 'escondido' - para obrigar o condutor a circular efectivamente devagar nesses locais.
Mas como é que acha que funcionaria essa maior fiscalização, mais polícia nas estradas ou mais vontade de combater manobras perigosas?

commonsense disse...

É simples: em vez de apreenderem a carta, apreendiam o carro. Se reincidisse, apreendiam o próprio condutor.
Como pena acessória, trabaho a favor da comunidade nas ambulâncias que recolhem os mortos e os feridos nos acidentes nas estradas.

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