Infelizmente já tinha deixado de comprar o Público há alguns anos. Parei quando descobri que andavam a repetir artigos de opinião, republicando-os alguns meses depois. Comprava o jornal pelo valor que me trazia, ao repetir textos o valor diminuiu; além disso ficava com a sensação amarga de estarem dispostos a tomar os clientes por parvos. E quando se está disposto a desrespeitar os clientes a decadência pode ser lenta mas é inevitável.
Isto foi bem antes deste Público mais recente. Agora está pior. Abdica de todos os critérios jornalísticos. Serve de placard de recados. Sem quaisquer contraditório, sem quaisquer critério, sem responder ao que merece resposta, nem perguntar o que deve ser perguntado. Passaram a contar estórias com a estrutura e conteúdo típicos de um episódio de DragonBall. Tem como grande objectivo manter os cada vez menos leitores agarrados à novela de vão de escada que vai sendo criada de semana a semana.
A estória do assessor anónimo da casa civil da presidência da republica está muito mal contada. Quem tem a responsabilidade de relatar bem as histórias são os jornalistas. O Público dispôs-se a fazer um péssimo trabalho. Não esclarece ninguém e que lança lodo sobre todos.
O jornal Público não é uma simples empresa, é também um jornal e por isso tem uma direcção editorial e tem jornalistas. São estas as pessoas que se dispõem a desrespeitar os leitores. Na ficha técnica disponível pode-se encontrar uma lista de jornalistas e editores do Público. Infelizmente algumas noticias não são convenientemente assinadas.
Mas a decadência do Público não se fica por aqui, tomou o jornal em várias frentes.
Também têm andado a experimentar com o google news - assim a ver se cola. Sempre que aparece destacada uma noticia do Público, o paragrafo usado para apresentar a noticia não é o primeiro paragrafo da notícia, não é nenhum paragrafo da noticia; é o comentário á noticia mais votado - aquele comentário inflamado, votado pela maioria dos comentadores inflamados, numa dinâmica de linchamento público.. é esse que aparece. Mas é só nos cadernos. A ver se cola. Plausible deniability chamam-lhe os americanos.
Será que os anunciantes financiadores do Público iriam ficar orgulhosos de serem associados a tal comportamento?