segunda-feira, 30 de março de 2009

"Maddie marca encontro no freeport com jovem casapiano para entregar documento anónimo sobre o caso da morte de Sá Carneiro."

Qual é a palavra que não combina com esta frase?- É a pergunta feita por Bruno Nogueira sobre uma frase que esta recorda.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Armas não letais, Sócrates, António Costa e Socialismo

No site da New Scientist encontrei um artigo que associa as armas TASER X86 com a morte súbita de pessoas sob custódia da policia.

Na Califórnia, aumentou 6 vezes o numero de mortes súbitas de pessoas sob custódia policial durante o primeiro ano de utilização destas armas ditas não letais.

O governo Sócrates, quando António Costa ministeriava a administração interna, adquiriu armas destas. Não se conhecem procedimentos de utilização nem a frequência com que são utilizadas.
A nível mundial os casos de má utilização são frequentes.

Volto a sublinhar:
(...) Na perspectiva de quem usa a arma [taser x86], os riscos associados a uma utilização imprópria são muito menores que quaisquer outras ferramentas ou métodos de controlo de pessoas. O agente que for apanhado sujeita-se às mesmas consequências de sempre. Contudo a probabilidade de ser apanhado ou de ser apanhado sem oportunidade de distorcer a situação é muito menor. (...)

LINK : Taser guns 'raised deaths in custody'

segunda-feira, 16 de março de 2009

Movimento Esperança Portugal, um novo partido político

É um projecto novo com poucas caras-tipo da politica. E não é radical, o que é inovador. Por ser um partido novo tem um grande handicap: não é possível conhecer as estratégias e comportamentos que irá adoptar na arena política. Sabem o que é comunicação e põem esforço nisso. Têm um site cheio de informação e disponibilizam as tomadas de posição publicadas.
Usam uma linguagem que me parece falha de confiança - ao quererem ser inclusivos alargam-se num discurso que perde alguma objectividade e pragmatismo. É um movimento que parece ter nascido nos referendos sobre o aborto.

Coesão social parece ser uma preocupação fundamental no programa mas não encontrei nenhum objectivo explicitamente definido.

A orientação do estado para o cliente-cidadão é uma das visões transversais apontadas. A avaliação, como forma de melhoria, é também bastante focada - particularmente na saúde e na educação.

No ambiente revelam uma tendência política que sempre achei sub-representada: gestão ambiental sob a perspectiva da integração cultural e preservação do meio. O que me parece politicamente interessante e diverso na divisão típica entre direita e esquerda.

Encontrei referencias à descentralização, especialmente das escolas. Por omissão pressuponho que a regionalização (como criação de um novo patamar administrativo) seja vista como inconveniente ou desnecessária.

Quanto à economia são mencionados os tradicionais esforços pela melhoria da balança comercial através da inovação e da criatividade. É assinalado o contexto de globalização. Parece-me pouco.

Sobre segurança a ideia é proximidade. O mesmo qualificativo podia ser usado para o tema europa.

Sobre turquia, impostos, medicamentos, copyright, concorrência e ciência não encontrei nada que recorde.

Como partido novo esperava que dedicassem mais atenção às regras e modos da nossa democracia.
É um projecto com grande potencial. Posicionado no centro mas alargando o espaço de discussão política. Podem ser os representantes certos para um largo conjunto de pessoas que sempre estranharam as hipóteses que lhes davam a esquerda e a direita típicas.
Têm um site com muita informação e disponibilizam as tomadas de posição publicadas. Recomendo.

LINK : MEP, Movimento Esperança Portugal

sábado, 14 de março de 2009

Portugal, exemplo de sucesso nos Estados Unidos

No blog de Glenn Greenwald, um comentador da esquerda americana, Portugal é apontado como um caso de estudo, e de sucesso, no combate ao consumo de drogas por via da descriminalização.

A descriminalização iniciada em 2001 foi analisada por um estudo do instituto CATO, após 7 anos da implementação.

LINK: The success of drug decriminalization in Portugal
LINK: The effects of decriminalization of drug use in Portugal [PDF]

terça-feira, 10 de março de 2009

BREAKING NEWS : Manuel Alegre garante reeleição de Cavaco Silva

Entitlement. A aldeia global e a nossa aversão por criar novas palavras tem destas coisas. Palavras portuguesas. Por vezes ando à procura da expressão certa para uma ideia que me anda na cabeça. Qual é a expressão portuguesa que consegue expressar a ideia, o conceito, de entitlement.

A definição inglesa descreve-a como um « ter direito a ». Seria uma boa tradução. ..ou só razoável.. o conceito que tenho no pensamento não fica bem descrito. A versão portuguesa teria que ser um « ter direito a » mas mais acusativo. Mais incisivo. Com decisão.

Entitlement

segunda-feira, 2 de março de 2009

Um outro partido político

Quando penso em política vem-me sempre à cabeça nossas as limitadas opções. É um mal que afecta muitas democracias - quer pela forma que tomam, quer pela percepção que os eleitores têm delas.

Ponho muito mérito em conseguir enriquecer a democracia em favor dos eleitores.

Há cerca de um ano foi criado em Portugal um novo partido - o Movimento Esperança Portugal. Creio que foram os primeiros a perceber a força do marketing da campanha de Obama. E o PCP até já lhes foi buscar um dos slogans. Mas a combinação entre partidos, slogans e marketing têm um longo défice de créditos de boa vontade.

O que é necessário para um partido (novo) me convencer?
É claro que já devia saber a resposta. Pensava eu. Como muitas perguntas de resposta óbvia, deixam de o ser quando se verbaliza a pergunta.

Comecei por fazer uma lista de assuntos. coesão social, saúde, inovação, justiça, estado, segurança, terrorismo, europa e globalização.
A sequência talvez surpreenda mais a mim do que a si.

Para ser ainda mais sucinto podia resumir em: justiça, segurança, igualdade de oportunidades e controlo sobre o futuro. ... Estranha-me este entranhar da incerteza.


Há outras palavras chave: turquia, impostos, income gap, médicos, medicamentos, função pública, copyright, liberdade, criminalidade, uninominais, erros processuais, ambiente, concorrência, inovação, comercio externo, tecnologia, ciência, escolas ...

Vou deixar os próximos dias para o MEP. Depois volto com um balanço.