Por um lado aponta-se o dedo às estratégias imediatistas para obtenção de lucros, acompanhada por falta de controlo aos gestores por parte dos accionistas e pela excessiva dimensão de algumas das empresas-actores do mercado. Conclui esta linha que a crise económica decorre da falta de regulação dos mercados.
Numa outra perspectiva, há quem diga que o mal está em não deixar o mercado funcionar, deixando ir à falência as empresas mal geridas.
Como muitos vejo sentido nas duas linhas apresentadas. Ambas têm validade. A primeira interpretação está mais ligada aos defensores do controlo e da regulação - à esquerda. A segunda ligada aos liberais económicos para quem o mercado não deve estar sujeito a regulações artificiais - em Portugal, na direita.
Acredito que o Mercado tem capacidade para se auto regular; mas dentro dos resultados possíveis desta auto regulação incluem-se injustiça social, fome e doença em proporções que não estou disposto a aceitar. Acho que o Mercado existe agora, sempre existiu - e os resultados são os que se vêm na história e no presente.
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