segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Façamos de conta como o Mário Crespo

Façamos de conta que Mário Crespo não é jornalista e que não sabe fazer melhor.

Façamos de conta que não há três documentos diferentes a dizer que são a carta dos ingleses, a circular nas caixas de mail.
Façamos de conta que a comissão europeia nada tenha dito sobre o Freeport.
Façamos de conta que a investigação Freeport não funciona em pré-campanha.

Façamos de conta que a licenciatura do Socrates É um caso de estado.
Façamos de conta até que Bill Gates tem uma licenciatura.
Ou façamos de conta que o dono da IKEA tem formação universitária.
Façamos de conta que ter curso superior é condição para saber fazer.

Mas façamos de conta...
Façamos de conta que Portas não usou o Ministério da Defesa para se apoderar de 62 mil documentos.
Façamos de conta que Manuela Ferreira Leite nunca esteve no governo.
Façamos de conta que o PSD se renovou nos últimos 25 anos.

Façamos de conta que Manuela Ferreira Leite quando disse que não acreditava na democracia não queria dizer nada disso. Façamos de conta que o que disse não condiz com o que fez.
Ou ainda façamos de conta que Manuela Ferreira Leite, ministra das finanças, tenha feito mais com menos dinheiro.
Façamos de conta que não vendeu patromónio do estado ao desbarato.
E façamos de conta que a conversa sobre "a Tanga" tenha sido responsável.
Façamos de conta que nos esquecemos das falências fraudulentas ou dos subsídios agrículas para comprar jipes e carros (feitos em Portugal).
E já agora façamos de conta que o comunismo funciona ou que o partido dos verdes existe ou ainda que o bloco não é comunista.

Façamos de conta que Tudo está mal e que a alternativa é o Paraíso.

Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar Sócrates a Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos ou Kabila.
Façamos de conta à terça que Mário Crespo não entrevistou o ministro Pedro Silva Pereira e à segunda que o governo controla exclusivamente o SIS ou já agora a televisão.

Façamos de conta que Mário Crespo aproveitou o seu pedestal para fazer crescer a democracia e para ajudar -nos - os portugueses.
Façamos de conta.

LINK: JN

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