O mercado tem disto, é legítimo mas é também um apontar de energias e recursos num sentido autofágico. Um mal a que os portugueses dão pouca atenção.
Ontem, encontravam-se em vários jornais notícias sobre a acessibilidade a produtos necessários ao fabrico de explosivos. "Mercado de explosivos com falhas no controlo", JN, "Comprar explosivos não é fácil, mas é possível", i,... lida a notícia, lá se encontra que a fonte de tais preocupações (de segurança!) é a Associação Nacional de Empresas de Produtos Explosivos. Que coincidência, precisamente aqueles que têm mais a lucrar com o aumento das burocracias para se entrar nesse mercado.
A ANEPE está preocupada com os produtos químicos, a ANESA com a qualidade dos serviços das empresas de consultoria em segurança alimentar, a APE ficou tão preocupada com a qualidade do exercício profissional da enologia que conseguiu fazer aprovar a Lei 59/2009, que regula o estatuto profissional dos enólogos - que interesse público Srs deputados!! Para quando virá uma ordem profissional? - Em Bruxelas preocupam-se com a partilha de música e com o tamanho dos pepinos. Da América preocupam-se com a segurança dos nossos aeroportos e até com as nossas transferências bancárias. Aqui, ainda levamos mais com os galheteiros.
Nunca na história se viu tanta gente tão preocupada com a segurança dos outros.
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